sábado, 28 de dezembro de 2013

DUBAI, DO BUY PLEASE! PARTE III

Em fim chego a minha terceira e última parte de relatos da viagem à Dubai!

O nosso primeiro passeio na cidade que sempre está se reinventando foi ao shopping IBN BATTUTA MALL. Esse complexo de shopping e entretenimento é o único no mundo (Dubai adora essa frase) que se inspirou em uma pessoa/lenda para compor a sua história. Ibn Battuta foi um grande desbravador das arábias que aos 20 anos de idade resolveu descobrir o mundo oriental em uma viagem fantástica passando por Andaluzia, Tunísia, Egito, Pérsia, Índia, e China. O shopping relatou essa aventura criando seis pavilhões temáticos inspirados nas regiões visitadas pelo jovem viajante. Obviamente não visitamos o shopping todo, pois são 1 quilometro e 300 metros de puro deleite, mas o que vimos já nos deixou de queixos caídos. Fomos ao pavilhão da China, o qual fica concentrado uma grande praça de alimentação com vários restaurantes e as 21 salas de cinema do grupo IMAX; ao pavilhão da Índia, com suas lojas de luxo incluindo Prada e Tiffany’s; e ao pavilhão da Pérsia, com um design fascinante de ladrilhos em mosaico fazendo você realmente acreditar nos contos de 1001 noites.


 Pavilhão da China com a réplica do navio que IBN BATTUTA usou em sua viagem



 Linda réplica de terraça no pavilhão da Índia

Pavilhão de Pérsia

Dica nº 1 – pode parecer um passeio simples passar uma tarde num shopping, mas ir ao IBN BATTUTA MALL é mais que um simples shopping, e olha que nos guias de turismo ele nem é um dos mais recomendados em Dubai por estar num bairro mais afastado do centro. http://www.ibnbattutamall.com/


Já o segundo dia foi totalmente especial por se tratar do dia das mães, e eu ter o privilégio de passar essa data com as minhas duas mães (a biológica e a de coração). Queria fazer algo diferente com elas e ao mesmo tempo único já que estávamos na cidade “mais única” do mundo. Pesquisei bastante e em conversa com um casal de amigos alemães que haviam visitado a cidade meses antes recebi a dica de um fabuloso almoço no único restaurante 360º do Oriente Médio, o Al Dawaar Restaurante no Hotel Hyatt Regency Dubai. Um almoço excelente com um Buffet incluindo lagostas e outros frutos do mar, sobremesas diversas e bebida não alcoólica inclusa por um valor de USD 37 por pessoa. Confesso que não entendo como nenhum guia de turismo aqui no Brasil sobre Dubai menciona esse restaurante, pena! Mas fica a dica!

 Mamãe no Restaurante "Al Dawaar"

 Eu e minha ETERNA tia Luiza



Dica nº 2 – para sua melhor comodidade o melhor é fazer uma reserva no restaurante primeiro, pois em Dubai só se pode entrar nos hotéis 5 estrelas com reserva seja para restaurante ou hospedagem. Claro que a sempre aquele jeitinho de entrar em um hotel luxuoso sem reservas, mas para evitar maiores dissabores de ser barrada na porta é sempre melhor prevenir do que remediar. As reservas são feitas online e não são cobradas. Maiores informações no site http://www.restaurants.dubai.hyatt.com/restaurants/al-dawaar/.

Logo após o nosso delicioso almoço fomos a um souk (mercado) de ouro para limpar as vistas e é super perto do restaurante. Só não fomos à pé porque a temperatura de 38ºC não era nada sugestiva. Pagamos o preço irrisório de USD 1 de táxi para ir do hotel ao souk que fica literalmente na esquina. Mas valeu apena! Realmente começávamos a entender a máxima de DUBAI – DO BUY! Os preços eram realmente muito convidativos, porém não era o nosso objetivo comprar ouro. Pois o melhor estava por vir, PEQUIM, mas esse é outro post! (risos)

Souk de ouro em Deira Dubai

Dica nº 3 – O Souk de ouro é uma atração à parte em Dubai. Em certos hotéis há até excursões diárias somente para se visitar um souk. Vale apena? E muito, pois com o preço de uma pulseira de ouro comprada na Natan Joias aqui no Brasil você compra mais de cinco pulseiras de ouro lá. O legal de você comprar no souk de ouro é que ganha de brinde uma aula sobre ouro e seus quilates. Só existe ouro de 18 ou 24 quilates! Ouro de 12, 14 ou 16 quilates não é propriamente ouro, mas sim foleados a ouro!

A noite do mesmo dia tivemos a nossa grand finale indo ao edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa e seu mirante de chão de vidro no 124º andar o “At the Top”. Simplesmente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Logo no corredor de entrada é descrito uma linda história de como Dubai foi fundada. Após esse pequeno filme sobre a fundação da cidade você chega a uma sala que te leva a uma escada rolante e um enorme corredor que conta toda a história em fotos da construção do Burj Khalifa até você chegar ao elevador mais rápido do mundo. Lá encima você tem a sensação de ter a cidade aos seus pés! Para entrar no “At the Top” você consecutivamente terá que ir ao maior shopping Center do mundo, o Dubai Mall. Para se ter uma ideia chegamos no shopping com duas horas de antecedência a nossa subida ao mirante, não foi só para a gente poder admirar o shopping não mas sim porque da entrada do shopping até o guichê do “At the Top” se leva geralmente 45 minutos sem parar em qualquer loja. Mas vale muito apena. E de quebra ainda vimos a atração do Dubai Fountain! http://www.thedubaimall.com/en/Index.aspxAproveitei também para ir ao Dubai Aquarium, o maior aquário indoor do mundo e ao Zoológico aquático! Uma verdadeira atração aparte. Paguei uns AED 80 (cerca de R$ 40) por um passeio de uma hora. Um pouco salgado o preço, mas lembre-se que você irá fazer esse passeio apenas uma vez na vida! http://www.thedubaimall.com/en/Entertain/DubaiAquarium.aspx

 Só mesmo em Dubai para se ver e tirar foto do lado de um Rolls Royce!

 Lateral do Dubai Mall
 No guichê do Dubai Aquarium


Dica nº 4 – Você pode comprar o ingresso para ir ao “At the Top” lá mesmo no guichê de entrada, porem ele será infinitamente mais caro (cerca de AED 400 – moeda local que dará uns R$ 200), mas se você comprar online com cartão de credito sai uma pechincha (cerca de AED 125 o equivalente a R$ 62,50). Porque dessa diferença não entendi até hoje, mas quem souber, por favor, me avise para eu poder entender. http://www.burjkhalifa.ae/en/ObservationDeck/ObservationDeck.aspx 









Nosso ultimo dia na cidade magnânima foi obviamente uma ida ao Mall of the Emirates, que é o segundo maior shopping de Dubai e do mundo. Ficamos apenas em uma ala do shopping visitando algumas lojas como Chanel, Prada, Tommy Hillfinger, e a única loja no Oriente Médio do Tom Ford, e isso tudo em “apenas” 4 horas (risos). Realmente o shopping é um monstro de grande! Mas como tudo que é bom dura pouco a noite tivemos que nos despedir de Dubai rumo a nossa próxima aventura! Dubai é simplesmente assim uma cidade que sempre te dá um gostinho de quero mais, pois você nunca vê o suficiente! http://www.malloftheemirates.com/

Dica nº 5 - ao viajar para Dubai planeje bem a sua viagem, pois há algumas coisas que você deve levar em consideração:

1)    As condições climáticas de Dubai! Mesmo que nós aqui no Brasil estamos acostumados com um clima quente lembre-se que em Dubai o clima é desértico e o calor é simplesmente insuportável. A melhor época para se viajar é entre outubro a março. Em maio quando eu fui me falaram que a temperatura estaria amena, se você acha que 38ºC é amena então vá, pois depois de maio o termômetro chega a atingir uns 45ºC na sobra;
2)    Mesmo sendo um país moderado e tolerante aos costumes ocidentais lembre-se que está em um país mulçumano e há certas coisas que não são permitidas de forma alguma tipo: roupa muito ousadas, usar biquínis brasileiros em qualquer praia pública ou privada, andar de mãos dadas com o companheiro na rua ou até mesmo beijar. Essa coisa do beijo, eu mesmo quando lá estive vi um casal de estrangeiros se beijando, mas discretamente (tipo dando selinho) até aí tudo bem, mas lembre-se guarde a sua intimidade para você;
3)    A cotação é sempre fixa então AED 1 = R$ 0,50 ou USD 1 = AED 3,67.

É isso siga em frente e vá visitar Dubai e seja feliz!




quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

DUBAI, DO BUY PLEASE! PARTE II


 Avião da Air Qatar indo de Moscou para Dubai via Doha

E depois de dois dias de atraso chegamos a tão sonhada Dubai! Deu tudo certo com o voo da minha de MOSCOU para DUBAI pela Emirates, eles são realmente nota dez! Não ganho nenhuma comissão por falar bem da Emirates, mas essa Cia aérea realmente cumpre a risca o que propaga.

Quando comecei a planejar a viagem em fevereiro de 2012 tinha mais ou menos em mente o tipo de hospedagem que queríamos, de preferência um apartamento de aluguel por temporada. Mais logo esbarrei na questão do visto de turista, pois só podem ser emitidos por uma operadora de turismo credenciada. Após duas semanas de intensa pesquisa vi que o mais ideal para nós seria um apart-hotel, já que quando viajamos gostamos de ficar o mais independente possível.


Dica nº 1 – se você tem algum familiar de primeiro grau que reside em Dubai a mais de um ano e está legalmente registrado, esse poderá fazer uma carta-convite junto aos órgãos competentes e assinar um termo de responsabilidade para que você possa então pedir o visto na Embaixada. Veja bem cada caso é um caso e tal visto não é o mesmo que eu, como turista sem vinculo nos Emirados, adquiriu com o hotel. Para melhores informações é sempre aconselhável entrar em contato com a Embaixada dos Emirados Árabes no Brasil por telefone ou pelo site http://www.uae.org.br/ ou no site do Guia em Dubai http://www.guiaemdubai.com/vistos-de-brasileiros-para-dubai/.

Grand Midwest Tower Aparthotel - por fora 

Ao sairmos do aeroporto (gigantesco por sinal) de Dubai entramos diretamente no táxi, pois o calor de 37ºC em plena primavera era de rachar e isso às 22h45. O primeiro apart-hotel em que ficamos, o Grand Midwest Tower (http://www.grandmidwesttowermediacitydubai.com/), foi simplesmente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O com um atendimento impar e para o nosso conforto um mordomo particular. E isso porque a classificação do “modesto” apart é de três estrelas (não quero saber qual é o tratamento num hotel de cinco estrelas...risos). Nosso apartamento era composto de uma ampla sala de estar, uma sala de jantar, uma pequena cozinha, mas totalmente equipada com fogão, micro-ondas, geladeira e maquina de lavar louças, um lavabo, e duas suítes e o valor foi de 600 euros por quatro dias (ficou na verdade mais caro do que pelos seis dias iniciais que tínhamos reservado, mas como houve o imprevisto em Moscou saiu por esse preço). Além de o apart ser deslumbrante a sua localização é excelente também, pois fica a menos de 10m da estação de metrô Media City.


 Eu e minhas companheiras no lobby do Grand Midwest Tower


Nosso mordomo 

Entrada do nosso apart

Sala de Estar


O sistema de metrô de Dubai é bem simples e funcional, um passeio pelas estações de metrô vale por si só, pois cada estação é temática e reproduz um dos quatro elementos da natureza (fogo, ar, terra, e mar). A de Media City é muito interessante, pois leva o tema fogo e como está no bairro de maior concentração de empresas de tecnologia como IBM e Nokia a decoração é de um fogo futurista que faz lembrar um daqueles filmes hollywoodianos de ficção cientifica. Já a estação de Dubai Marina leva o tema mar e nem precisa de explicações.


Dica nº 2 – como fazer o uso de transporte público está sempre incluso nas minhas viagens em Dubai não seria diferente. Por se tratar de um país mulçumano há um vagão exclusivo só para mulheres para o conforto e privacidade das usuárias. Maiores informações no site http://dubaimetro.eu/.



 Na passarela do metrô - minha mãe e atrás minha tia

 Vagão de mulheres por dentro

O nosso segundo hotel, tão fabuloso quanto o primeiro, o foi o Suha Apart-hotel (http://www.mondohospitality.com/suhahotel/). Esse hotel fica no bairro de Dubai Marina e ficamos nele na nossa volta de Pequim. Ótima localização, esse apart fica num complexo de apartamentos residenciais e outros hotéis que dá diretamente a uma das praias de Dubai. No térreo do hotel você tem um supermercado, uma unidade de pronto socorro que atende os principais planos de saúde internacionais, uma farmácia, uma loja de conveniência, um restaurante e uma sorveteria. A estação de metrô Dubai Marina está à 50m do hotel e um ponto de ônibus fica à 5m. Ele tem uma sala de estar, uma ampla sala de jantar, uma cozinha totalmente equipada (como no primeiro hotel), um banheiro, dois quartos de solteiro, uma suíte, uma pequena varanda, um quarto de empregada, e uma lavanderia. Como só ficamos 24h a diária saiu, em reais, por R$ 150 um ótimo preço.

Vista da sala de estar para a praia - Aparthotel Suha

 Cozinha do Apart

 Sala de jantar
um dos quartos

Mamãe linda!


Mesmo com tantos contratempos a nossa viagem a Dubai valeu muito a pena, tanto que estou querendo repetir a dose num futuro próximo, para quem sabe desta vez disfrutar mais do que 124h!








quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

DUBAI - DO BUY, PLEASE! PARTE I




Em 2012 realizei um dos meus grandes sonhos, conhecer essa cidade que já me fascinava desde 2008. Planejei minha viagem nos mínimos detalhes, com hotéis reservados (fiquei em dois hotéis lá), vistos pagos, transfer aeroporto-hotel pago, visita ao mirante do Burj Khalifa “At the Top” paga via internet, passeio a Abu Dhabi programado e...um imprevisto no meio do caminho!

Uma coisa que temos sempre que ter em mente quando viajamos sozinho ou acompanhado, imprevistos SEMPRE estão sujeitos a acontecer.

Nessa viagem fui acompanhada da minha tia e da minha mãe, que na época eram duas senhoras acima de 60 anos e com dificuldades de locomoção. Tendo isso em mente a primeira providência a ser tomada ao fazer o check in junto a Cia aérea é pedir auxílio a cadeirante, mesmo que a debilitação motora seja apenas passageira.
Eu viajei com a minha tia para Moscou, onde encontramos a minha mãe e de lá pegaríamos o voo para Dubai pela Air Qatar via Doha.

E aí vai a minha dica (nº 1) verifique com a Embaixada do país no qual irá fazer escala para saber se você precisará de visto de transito para aquele país ou não. Neste caso o Qatar só exige visto de transito para escala entre voos superiores a 10 horas e para brasileiros não é permitido obter visto no aeroporto local.

O fato da minha mãe, na época, morar em outro país e ter o passaporte de serviço fez com que os tramites da entrada dela em Dubai fossem feitos pelo país de residência, nesse caso deveria ser feito pela Embaixada do Brasil no Cazaquistão. O meu visto e o da minha tia já haviam sido emitidos, no Brasil, pelo nosso hotel em Dubai.

Dica nº 2 – a Embaixada dos Emirados Árabes no Brasil não emite visto de turista a brasileiros. O pedido de visto de turista deve ser feito através de um hotel em Dubai, que trabalhe com uma operadora de turismo local que é o único órgão credenciado pelo Ministério de Turismo de Dubai a emitir tal visto. Por isso ao reservar o seu hotel em Dubai verifique sempre se o hotel de sua preferência é vinculado a uma operadora de turismo para emitir o seu visto.

Ao nos encontrarmos com a minha mãe em Moscou ela nos comunicou que a informação que ela tinha era que o visto dela estava em Dubai à espera da chegada dela e ela apenas tinha uma carta de recomendação que lhe foi entregue por um funcionário local da Embaixada brasileira.

Dica nº 3 – é bem verdade que você quando segue todos os tramites para receber o seu visto de turista para Dubai não receberá o visto em si, pois o mesmo só será emitido pela Polícia Federal de Dubai na sua chegada. Porém você recebe por e-mail do hotel reservado uma carta-convite com o nº do protocolo do pedido do seu visto de entrada em Dubai, o qual será checado pela Polícia Federal deles e só assim o seu visto será efetuado.

A situação com a minha mãe e o visto (inexistente) se agravou quando fizemos o check in para Dubai pela Air Qatar, a qual não reconheceu a carta de recomendação emitida pela Embaixada brasileira. Como obviamente não poderia seguir viagem e deixar a minha mãe pra trás, eu e minha tia (mesmo com nossos vistos autorizados) também não embarcamos. Até então pensei que o único problema era o visto da minha mãe...doce ilusão pois no meio do caminho havia uma coisa chamada barreira linguística! Em pleno século XXI no aeroporto internacional de Moscou percebi que o idioma inglês não era bem-vindo e consecutivamente muito, mais muito pouco falado por qualquer pessoa lá.

Mas depois de quatro horas de idas e vindas dentro do aeroporto e pouca informação consegui recuperar a nossa bagagem que tinha sido retirada do voo da Air Qatar. No aeroporto fui auxiliada pelas atendentes da Emirates, que foram verdadeiras anjas, que voo para Dubai tanto pela Emirates quanto pela Air Qatar eram diários então não seria difícil conseguirmos embarcar tão logo o problema do visto da minha mãe tivesse sido resolvido. Obstáculo vencido? Nem tanto, agora tinha que encontrar um hotel de transito com internet que pudéssemos pelo menos descansar para que no dia seguinte eu pudesse tomar as providências cabíveis para quem sabe embarcarmos para o nosso tão sonhado destino.
Até que a parte do hotel, depois de meia hora de gestos no balcão de informações, foi fácil de conseguir, o duro foi chegar ao hotel e descobrir que os próximos dois dias era feriado nacional na Rússia e que tudo estava fechado, incluso agencia de viagens e escritórios das Cias aéreas no centro da cidade.

Dica nº4 – sempre verificar datas nacionais e possíveis feriados de qualquer país que você for visitar – ESSA DICA VALE OURO!

Depois de entrar em contato via Skype (salve a tecnologia da internet) com familiares e explicar a situação fui eu tentar remanejar as nossas reservas de hotel em Dubai assim como nossos passeios, que já estavam pagos. Certo deu, mas não sem pagar algumas multas pelo caminho. No dia seguinte fomos ao aeroporto no guichê da Air Qatar saber os custos de remarcação e para ver a melhor forma possível para a situação da minha mãe. Lá eles só deram solução para as remarcações, mas não para a questão do visto.
Então mais uma vez fui amparada pelas minhas anjas da guarda da Emirates que me deram uma solução menos dolorosa para o caso da minha mãe.

A solução foi a seguinte:
- comprar uma nova passagem pela Emirates MOSCOU/DUBAI/MOSCOU por USD 540;
- perder o trecho de volta para MOSCOU da nova passagem da minha mãe (já que tínhamos a passagem garantida DUBAI/MOSCOU pela Air Qatar);
- viajar para Dubai apenas no dia seguinte para a minha mãe poder requerer o visto de 96 horas no próprio aeroporto.

Solução acatada por mim e pelas minhas companheiras de viagem para podermos seguir viagem rumo ao nosso sonho de conhecer Dubai, pois ainda seguiríamos viagem até outro sonho: PEQUIM, mas esse é outro post!

Dica nº 5 – é bem verdade que em Dubai no aeroporto é emitido um visto de turismo em transito de até 96 horas pelo valor de USD 150. Mas tal visto só pode ser requerido se o passageiro comprovar que Dubai é apenas seu destino de transito e que você seguirá viagem para outro país.

ATENÇÃO!! Não são todas as Cias aéreas que aceitam tal pratica mesmo a Air Qatar fazendo parte da Star Alliance (grupo de Cias aéreas que participam de co-chair) ela não quer correr o risco de um passageiro ser deportado de qualquer país e ter que arcar com os gastos, por isso ela sempre exige visto fixo e não reconhece o sistema de visto de turismo em transito oferecido pelo aeroporto de Dubai.

Resumo da opera entre mortos e feridos salvaram-se todos e os gastos extras foram:

Nova passagem aérea pela Emirates: USD 540;
Remarcação de passagem aérea pela Air Qatar: USD 200 por pessoa;
Visto de turismo em transito de até 96 horas em Dubai: USD 150;
Custo de duas diárias com café da manhã no hotel em Moscou: USD 175 por pessoa;
Refeição de duas noites no hotel em Moscou: USD 70 por pessoa;
No show no hotel em Dubai: USD 180;
Perda do transfer aeroporto-hotel em Dubai: USD 60;
Perda do passeio ao mirante “At the Top” no Burj Khalifa em Dubai: USD 20 por pessoa;
Perda do passeio a Abu Dhabi: USD 150;
Perda do jantar no barco Sherazarde com dança do ventre e comidas típicas pelo rio artificial de Dubai: USD 50 por pessoa;
Rombo no orçamento da viagem dos sonhos: USD 1.965.

DUBAI – DO BUY, PLEASE!

Mapa dos Emirados Árabes Unidos


Com uma população de cerca de 2.3 milhões de habitantes Dubai me encantou não só pela sua arquitetura exuberante e seus hotéis luxuosos, mas também pela sua organização e limpeza! Limpeza sim, pois uma cidade que abriga 70% de sua população com várias etnias estrangeiras e diferentes hábitos acaba se tornando uma proeza, e das grandes, manter-se limpa.

Dubai é uma cidade tão fascinante que a minha visita merece ser compartilhada em três partes, já que foi uma viagem em tanto. A primeira parte vai contar sobre os problemas vivenciados por mim e pelas minhas duas companheiras (mãe e tia). A segunda cabe somente à hospedagem, vistos e locomoção dentro da cidade, e a terceira parte ficará só para os passeios que foram fantásticos!


Espero que sirva de inspiração para que possam se conscientizar que nenhuma viagem é impossível, basta apenas um pouco de planejamento, boa vontade, jogo de cintura e calma para poder resolver os eventuais problemas que possam ocorrer para que assim consigam deixar o seu "Universo" totalmente Particular!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Você já ouviu falar em ASTANA?



Quando se ouve falar em Cazaquistão a primeira coisa que nos vem à mente é: “Ai meu Deus é aquele país que as mulheres vivem todas cobertas e o governo é regido pelos talibãs”? Calma gente, muita calma nessa hora, não se pode confundir Cazaquistão com Afeganistão, ou qualquer outro país com-ÃO mesmo porque as informações estariam erradas de todas as formas. Então antes de descrever as minhas impressões sobre o país e sua capital vai aí um pouco de história.

O nome do país vem da palavra “kazaj” (pronuncia-se cazaques), que significa “aventureiros ou homens livres”. Ou seja, tudo o que se pode esperar do segundo maior país da Ásia Central, só a Europa Ocidental junto com Açores e Ilhas Canarias cabe de uma só vez neste país. Sua paisagem varia de regiões montanhosas ao leste às planícies no oeste.
O Cazaquistão desde sua história, datada em 2000 a.C., sempre foi um país dominado até que no século XV quando tribos cazaques se unificaram. Em 1848 a Rússia anexou o território cazaque e em 1936 se tornou uma das Repúblicas da extinta União Soviética. Foi em 1991 com a fragmentação da URSS, que o Cazaquistão se tornou independente.


Agora com um pouco da história do país esclarecida posso voltar a descrever a minha experiência nesse país tão peculiar cujo sua capital tem uma fundação bem parecida com a de Brasília, DF já que foi totalmente planejada.


Praça da Bandeira - junho de 2010

A minha primeira visita a Astana foi em junho de 2010! Havia três meses que os meus pais se mudaram para lá a serviço do Governo Brasileiro. Confesso que a primeira impressão não foi das melhores, pois até então não havia bebido do sonho do “Universo Particular”. Creio que a distância, afinal são 13.273 quilômetros, foi um dos principais fatores. Mas o mais impressionante, para mim, foi receber um status de “celebridade” em Astana, pois na cidade só havia cinco pessoas negras na época (meus pais, outro funcionário da Embaixada brasileira, o Embaixador da África do Sul, e uma Segunda Secretária da Embaixada dos EUA). Até era motivo de piada sair na rua e TODOS pedirem para tirar foto com você, ou tentarem tirar fotos escondidos de seus celulares. Mas confesso que depois de uma semana a “brincadeira” não tinha mais graça.


Bayterek - junho de 2012

Depois de passar quinze dias em Astana sai de lá com a plena convicção que nunca mais pretendia voltar. Sabe aquele ditado de avó: “Nunca diga nunca”, pois é ele é bem verdadeiro. Reza a lenda que quem passeia pelo rio Ishim (rio que banha a cidade de Astana) sempre volta. E acho que é bem verdade, pois lá voltei ainda mais duas vezes. Uma em junho de 2012 para visitar meus pais novamente, e outra em setembro do mesmo ano por motivos de saúde na família.


E foi aí que fui “mordida” pelos encantos de Astana. A cidade teve uma tremenda transformação em apenas dois anos a começar com o transporte público que está de primeira qualidade. Já não era vista mais como “celebridade”, sem contar com as grandes obras que estão fazendo na cidade e investindo em centros culturais e ginásios esportivos. Não é atoa que a cidade irá sediar a EXPO 2017 com o tema “Energia Sustentável e Tecnologia para Todos”.

Shopping Center - junho de 2012

Astana está se transformando numa cidade cosmopolita que não ficará em nada a desejar as suas “cidades-irmãs” do leste europeu e centro-asiático. O Cazaquistão tem uma impressionante taxa de 0,02% de analfabetismo, pois o governo faz a campanha que para se construir um país forte precisa-se de educação de qualidade. Obviamente que nem tudo são flores em Astana, ou no restante do país, ainda há um largo caminho para ser percorrido mais definitivamente o Cazaquistão é um país que vale apena ser conhecido e sua capital atual também. Quando lá estive não cheguei a conhecer a antiga capital Almaty, que dizem por sinal ser mais cosmopolita e avançada do que Astana. Mas quem sabe um dia, o futuro só a Deus pertence!

Bayterek com neve - novembro de 2012


Dicas de Astana:
1)    Vale muito apena visitar a cidade no verão (junho/julho) e fazer um maravilhoso e refrescante passeio de barco pelo rio Ishim (custa cerca de USD 1,50 na moeda local TENGE);

2)    Visita ao Bayterek – a torre de TV deles – que tem uma vista fantástica e um charmoso café-bistrô (entrada para visitar a torre custa cerca de USD 2,50 na moeda local);


3)    Um passeio pelo centro econômico da cidade que conta com várias praças e três grandes shoppings centers (grátis);


4)    Um passeio pela Esplanada dos Ministérios com parada obrigatória ao Palácio da Justiça (grátis).


Esplanada dos Ministérios vista por dentro do Bayterek - junho de 2010

O céu de Astana às 21h30 de um dia de verão - junho de 2012

Eu vestida de pinguim - dezembro de 2012

Como chegar:

O melhor custo X benefício para se chegar a Astana é voando pela Lufthansa, via Frankfurt, saindo de Guarulhos por cerca de USD 2.270 o aéreo.

Onde ficar:

Você pode se hospedar por uma semana no King Hotel Astana (http://kinghotelastana.com/en/), num quarto duplo com café da manhã incluso por cerca de R$ 2.247,00.

Onde comer:

Cafestar - Nursaya complex, Astana 
Esse gracioso restaurante e café fica no centro da cidade a direita do Bayterek, e logo no térreo do complexo residencial aonde meus pais moravam. Boa comida e muito agradável no verão.

Ali Baba - 3 Bukeikhan st., Astana (http://www.arka.kz/en/pages/87.html)
Muito bom restaurante com ornamentação árabe. Os garçons estão de traje típico no bom e velho estilo Aladim. Ótima comida típica com um delicioso churrasco à la Cazaque de frango ou carne bovina. 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

6 Dicas que valem ouro para a sua viagem!

Dicas de viagens nunca são de mais, você as encontra em guias de viagens, em revistas de turismo, em vários blogs renomados, e em inúmeros sites do gênero. Depois de vivenciar algumas situações peculiares cheguei a conclusão desses 6 pontos bem básicos porém fundamentais para curtir uma boa viagem.

Essas são as minhas dicas pra você, que como eu acordou um dia com uma enorme vontade de desbravar o mundo, mesmo sozinha, seja para você esse mundo se resumindo ao Brasil ou o mundo se limitando ao Universo – Universo Particular.

1 – Levar sempre em mãos uma lista de países do qual não se exige visto no passaporte brasileiro!

Mesmo sendo obrigação do funcionário da cia aérea saber ou ter disponível no sistema uma lista indicando quais países o passageiro precisa de visto ou não é sempre bom que você esteja munido de tal informação para evitar maiores dissabores na fila do check in. Geralmente quando um passageiro não tem o visto para tal país na hora do embarque o mesmo será barrado, pois é da responsabilidade da cia aérea verificar todos os dados do viajante e caso ocorra uma deportação os custos serão debitados da empresa aérea. Por isso sugiro levar sempre a lista em português, inglês e no idioma do país que forem visitar.
Tais informações são fáceis de ser encontrada no site da Embaixada de cada país que forem visitar, geralmente eles mantem um documento em pdf com o número do acordo bilateral com isenção de visto para brasileiros em português e no idioma oficial do país.

2 – Conheçam seus direitos como passageiros e consumidores!

Lembre-se não é porque você está no exterior que não tem direitos como consumidor, se algo acontecer com o seu voo ou sua bagagem procure os agentes de solo da sua cia aérea e peça ajuda. Já aconteceu comigo várias vezes de voos de conexão atrasar e o próximo voo só ser cinco ou seis horas depois. Quando estiver sendo atendida pelo pessoal de solo sempre pergunte por um voucher de refeição e um cartão telefônico para entrar em contato com algum parente ou conhecido no país de destino ou no Brasil para lhes manter informado da sua situação. Algumas cia aérea costumam fornecer voucher de alimentação com três horas de espera entre uma conexão e outra, mas a maioria utiliza esse recurso para problemas acima de quatro horas de espera.

3 – Bolsa de remédios sempre a postos!

O importante é estar sempre munido de seus medicamentos. É obvio que você poderá comprar certos remédios nas farmácias locais, mas lembre-se da barreira linguística e que em alguns países se faz necessário a apresentação de receita médica.
Eu sou alérgica a poeira e ácaros e infelizmente na minha última viagem a Europa tive uma grande crise indo a uma sala de cinema. Poeira e ácaros não escolhem nacionalidade então não importa se você for visitar o Palácio de Buckingham na Inglaterra ou uma choupana em Zimbabué leve sempre seus medicamentos.

4 – Vou de táxi? Não, vou de transporte público mesmo!

Que o sistema de transporte público na maioria dos países da Europa e nos EUA são ótimos já estamos cansados de saber sem ter que ir lá para conferir, mas eles não se resumem apenas nesses locais. O transporte público em alguns países asiáticos assim como na Europa Central e em alguns países árabes são ainda mais eficientes e econômicos. Há sempre detalhes de uma cidade a se descobrir utilizando um transporte público, uma viela escondida, uma pequena e maravilhosa praça que geralmente nunca é mencionada em nenhum guia turístico, ou um fantástico restaurante com uma ótima comida local.

5 – Supermercado é sempre bom!

Barreira linguística sempre existirá mais arroz sempre será arroz aqui e na China. Em supermercados você acha produtos com ótimos preços e descontos. Em um supermercado de Dubai comprei vestidos lindos de verão ao equivalente a R$ 5 cada. Supermercados são ideais para quem se hospeda em hostels ou aluga um apartamento. Em alguns países você recebe desconto por devolução de embalagens recicláveis e em outros até mesmo dinheiro. O importante é sempre tirar maior proveito da situação e do local, se os outros usam porque não usar também, o bolso agradece.

6 – Menos é sempre mais!


Essa é a última dica, porém não a menos importante. Lembre-se sempre, se você está viajando sozinha porque levar “o mundo” na bagagem? Deixe para carregar peso no cartão de memória da sua câmera fotográfica ou em anotações de sua viagem na agenda. Lembrancinhas para os familiares sempre são necessárias, mas não precisa exagerar no tamanho, pois no final das contas quem terá que empurrar a bagagem será você já que fará uso do transporte público local. Não se esqueça das adversidades de cada país a ser visitado, nem todos os aeroportos têm elevadores ou acessibilidade para grandes bagagens, ou o caminho entre a área de desembarque, a alfandega e a saída pode ser logo demais. Limite ao máximo sua bagagem, principalmente a de mão, uma vez que você usará o supermercado local para comprar coisas básicas como pasta de dente, hidratante, desodorante, absorvente e etc. Além do que essas coisas só fazem volume e peso desnecessário.